Licença de paternidade: denunciam discriminação por pais solteiros

Como você sabe, o Decreto-Lei Real 6/2019, aprovado em 1º de março, inclui o licença prolongada de paternidade a oito semanas (que o pai já pode solicitar) e progressivamente até 16 semanas para coincidir com a da maternidade em 2021. Mas, O que acontece no caso de pais solteiros?

Duas famílias monoparentais (de mães solteiras) apresentaram uma queixa ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), para denunciar a discriminação que essas famílias sofrem, independentemente de sua realidade.

Perdas não transferíveis perdidas

Conforme denunciado pela Federação de Associações de Mães Solteiras (FAMS), o novo decreto trata menores "desigualmente" de acordo com a composição de suas famílias e, especificamente, "agrava os direitos que as famílias monoparentais já haviam adquirido em casos de nascimentos múltiplos ou crianças com deficiência ".

Uma mãe solteira de gêmeos denuncia que, com a nova norma, a licença foi cortada por uma semana, pois no caso de nascimentos múltiplos, como é o caso, às 16 semanas da licença de maternidade que lhe corresponde por lei, foram acrescentados duas semanas extras no caso de dar à luz mais de um filho. Mas agora, com o novo decreto, essas semanas eles não são transferíveis e devem ser distribuídos necessariamente entre "cada pai / mãe".

Em bebês e mais mães solteiras por opção: o caminho solo da maternidade contado por duas mães

Dessa forma, as mães que cuidam de si mesmas, como ela, ficam sem uma semana para cuidar de seus bebês. Portanto, o que a Federação de Associações de Mães Solteiras solicita é que, nos casos de pais que cuidam de seus filhos sem companheiro, a permissão que corresponde ao outro pode ser desfrutada por outros membros da família.

Para a FAMS, que coordena a Rede Estadual de Entidades Familiares Monoparentais, a situação dessa mãe "é simbólica e torna visível que eles esqueceram nossa realidade", explica Carmen Flores, presidente da Federação.

Situação também denunciada pela Associação de Mães Solteiras por Escolha (MSPE):

A lei RD 6/2019 ignorou as demandas do REEFM, onde trata os menores de maneira desigual, de acordo com a composição de sua família, e agora agrava os direitos que os #familiasmonoparentales já tinham nos casos de nascimentos múltiplos ou crianças com incapacidade //t.co/g49XdbDJji

- Asociación MSPE (@AsociacionMSPE) 11 de julho de 2019

Mais direitos para mães e pais solteiros

"Todas as crianças têm direito ao mesmo número de dias de atendimento à família, independentemente do modelo familiar ao qual pertencem", afirmam da Plataforma para Permissões de Nascimento e Adoção Igual e Não Transferível (PPiiNA).

Eles afirmam que os filhos de famílias monoparentais devem poder aproveitar ao máximo as 24 semanas (16 da mãe mais 8 do pai que apreciam os filhos de uma família com pai e mãe), em vez de apenas 16 semanas.

Por seu turno, o Secretário de Estado da Segurança Social reconhece que "é uma lacuna importante" e salienta que será revertida "imediatamente". Esperamos, pois, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em nosso país existem 1,5 milhão de famílias monoparentais apoiadas por mulheres e 340.000, por homens, que também são afetados por essa situação.