Dias atrás, destacamos a atitude do Papa Francisco em incentivar uma mulher a amamentar em público durante uma de suas audiências gerais às quartas-feiras. Seguindo sua linha de proximidade e naturalidade, no domingo passado o fez novamente com um impacto ainda maior, já que era um batismo de 32 bebês na Capela Sistina.
Muitos vão pensar, quais são as novidades aqui? O que é estranho? Bem, tem e, embora não deva ser, infelizmente é novidade. Atualmente, quando muitas pessoas ainda discriminam as mães que amamentam seus bebês em locais públicos, como restaurantes, shopping centers, aviões etc. O Papa Francisco novamente encoraja as mães a amamentarem em público, agora na Capela Sistina Merece reconhecimento.
Assim como aqueles que a veem como algo ruim e sujo são criticados, por consistência, é apropriado elogiar aqueles que a veem como algo natural e necessário, e mais ainda no caso de uma personalidade importante.
Também é digno de nota que, em vez de longas homilias, o Papa tenha sido muito prático ao falar algumas palavras sobre a infância, para não incomodar demais os bebês.
"Hoje o coral vai cantar, mas o coro mais bonito de todos é o som dos bebês. Alguns choram porque não estão confortáveis ou porque estão com fome"., ele disse aos pais.
"Se estiverem com fome, alimente-os, sem pensar duas vezes, porque são os mais importantes aqui"., acrescentou, incentivando as mães a não se deixar intimidar pelos espetaculares afrescos de Michelangelo da Capela Sistina.
Outra nota marcante do ato é que um dos casais cujo bebê estava sendo batizado não era casado pela igreja, mas pelo civil.
Além das crenças religiosas, que neste caso não importariam se fosse o papa ou um presidente em comício político, qualquer personagem de relevância pública que advogar e incentivar a normalização da amamentação merece elogios.
