Nascimentos continuam a cair sem freio na Espanha: caem 29% na última década

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou dados alarmantes sobre o número de nascimentos na Espanha. O relatório 'Movimento Natural da População' correspondente a 2018, publicado ontem, revela que nascimentos caíram 29% na última década, registrando o número mais baixo em 20 anos.

Em 2018, houve 369.302 nascimentos na Espanha, de acordo com esses dados provisórios, o que significou uma queda de 6,1% em relação ao ano anterior (23.879 nascimentos a menos). O número de nascimentos continua com a tendência de queda da última década, interrompida apenas em 2014, pois desde 2008 esse número caiu 28,95%.

Menos nascimentos e menos filhos

A taxa bruta de nascimentos foi de 7,9 nascimentos por 1.000 habitantes, cinco décimos a menos do que o registrado em 2017. Isso se deve em parte ao fato de que o número médio de filhos por mulher diminuiu: ficou em 1,25, com uma redução de seiscentos centavos em relação ao valor registrado em 2017, que é o valor mais baixo desde 2002.

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Mães cada vez mais velhas

A idade média da maternidade aumentou para 32,2 anos em 2018, comparado a 32,1 no ano anterior. Nos últimos anos, observou-se que a diminuição do número de nascimentos é acompanhada de um atraso na idade da maternidade.

O número de nascimentos de mães com 40 anos ou mais, que cresceram 63,1% em 10 anos. Em termos relativos, enquanto em 2008 4,2% dos nascimentos eram de mães com 40 anos ou mais, em 2018 esse percentual subiu para 9,7%.

Mães estrangeiras

Os dados são devastadores e o nascimento de mães estrangeiras contribui para aumentar os dados. Por nacionalidade, as mães espanholas tiveram seus filhos com idade média três anos superior à dos estrangeiros.

Dos 369.302 nascimentos ocorridos na Espanha, 76.184 eram de mãe estrangeira, o que representa 20,6% do total, contra 19,3% em 2017.

Quanto à idade média das mães, entre os espanhóis aumentou até 32,7 anos, o que implica que, pela primeira vez, excedem em média os 31 anos quando têm o primeiro filho, enquanto no caso de estrangeiros aumentam dois décimos, até 29,9 anos.

Comunidades com mais e menos nascimentos

O número de nascimentos diminuiu no ano passado em todas as comunidades e cidades autônomas, exceto em Melilla, onde aumentou 0,6%. Enquanto a Galiza (-10,3%), La Rioja (-9,2%) e Extremadura (-8,1%) registraram as maiores quedas.

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