O bocejo em crianças não se espalha até os quatro anos de idade

Mais da metade dos adultos que vêem outra pessoa bocejar estão infectados por imitar o gesto, no entanto, não estava tão claro como quando esse fenômeno curioso ocorre. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Connecticut (EUA) constatou que isso não ocorre em bebês jovens e que O bocejo em crianças não se espalha até os quatro anos de idade.

Embora eles acreditassem que foi algo que aconteceu durante o primeiro ano de vida, os autores do estudo ficaram surpresos ao ver que isso acontece muito mais tarde. Dizem que tem muito a ver com empatia. Uma espécie de medida da sensibilidade das emoções dos outros.

Já falamos várias vezes no blog sobre o desenvolvimento de crianças pequenas e seu processo de socialização. Curiosamente, a idade de contágio do bocejo coincide com o estágio em que se acredita que as crianças iniciam uma socialização ideal, entre 3 e 4 anos. É quando surge o conceito de empatia, isto é, de poder se colocar na situação dos outros.

Voltando ao bocejo, ainda é um mistério o motivo pelo qual não podemos evitar abrir a boca quando vemos outro bocejo ou simplesmente quando pensamos em bocejar. É um tipo de reação em cadeia, como é o caso do choro de crianças pequenas: uma chora e o resto está infectado. O que fica cada vez mais claro é que ambas as reações estão intimamente relacionadas ao emocional.

Outro detalhe interessante que emerge do estudo é que foi observado que crianças autistas podem não ter essa empatia ao bocejar ou desenvolvê-la tarde, sugerindo que essas crianças podem ignorar as dicas sutis que as vinculam emocionalmente a outras pessoas.

Que bocejo não é espalhado até quatro anos de idade e não antes, isso poderia significar que há muito mais do que um ato reflexo por trás do bocejo. Parece haver um sentimento de correspondência social e emocional que as crianças desenvolvem apenas nessa idade.