Eles criam espermatozóides em laboratório

Um novo marco na ciência chegou aos laboratórios e, embora haja tempo para refinar os resultados, uma grande controvérsia (e um grande ceticismo) já foi levantada. Uma equipe de cientistas britânicos afirma ter criado esperma humano em laboratório pela primeira vez.

Os cientistas começaram seu trabalho com células-tronco embrionárias de embriões humanos doados após tratamentos de fertilidade. As células foram armazenadas em tanques de nitrogênio líquido e, em seguida, colocadas à temperatura do corpo humano e introduzidas em uma mistura química para favorecer seu crescimento.

Os cientistas então os "marcaram" com um marcador genético, o que lhes permitiu identificar e separar as chamadas células germinativas. Estes se tornam gametas (óvulos e espermatozóides) quando o processo de divisão celular conhecido como meiose é concluído.

No caso em questão, as células-tronco com os cromossomos XY (masculino) concluíram a meiose, tornando-se espermatozóides.

A criação e o desenvolvimento de espermatozóides duraram entre quatro e seis semanas e, de acordo com a equipe de pesquisadores, embora seja esperma maduro e móvel, deve levar pelo menos cinco anos antes que a técnica que eles usaram para criá-lo seja aperfeiçoada.

Para que serve essa técnica? Embora haja quem queira ver o fim da participação do homem no processo de reproduçãoEm vez disso, os pesquisadores apontam que essa criação servirá para estudar em detalhes como o esperma é formado e levará a uma melhor compreensão da esterilidade masculina. Eles afirmam que, no futuro, seu trabalho poderia ajudar homens que têm problemas para ter filhos.

É claro que também foram levantadas vozes contra essa técnica porque ela usa embriões viáveis ​​para criar esperma de laboratório que, no momento, não possui funcionalidade. Teremos que esperar para ver como esse espaço de pesquisa evolui.