Michel Odent: "Precisamos liberar o hormônio do amor para melhorar os nascimentos"

Já conhecemos Michel Odent em Bebês e muito mais, já que falamos muitas vezes sobre ele. Ele é cirurgião e obstetra e pode-se dizer que ele é o maior expoente da defesa do parto natural e respeitado.

Odent acredita que a redução da porcentagem de cesarianas não deve ser definida como uma meta a ser alcançada, mas deve ser uma conseqüência da protocolos mais respeitosos e cuidados mais naturais no parto.

Ele diz que marcar o declínio das cesarianas como meta pode levar a mais nascimentos "longo e difícil" Se os profissionais insistirem em evitar a cesariana para atingir os objetivos. O obstetra foi pioneiro há 30 anos quando introduziu em um hospital público acolhedoras salas de parto onde casais que iam dar à luz se sentiam em casa e, entre outras coisas, banheiras para imergir mulheres na água como método analgésico.

Nesse sentido, explicou que o ideal é facilitar um parto natural, em um ambiente adequado, respeitando os ritmos e desejos da mãe de favorecer a liberação de ocitocina (hormônio do amor) e, assim, facilitar o parto, consequentemente reduzindo a necessidade de cesariana.

No entanto, lamentou que, atualmente, o número de mulheres que dão à luz graças à liberação de ocitocina natural "Está chegando mais perto e mais rápido do número zero".

Como ele disse, isso pode ter consequências no desenvolvimento, comportamento e relacionamentos futuros dos bebês. Os últimos avanços científicos em torno do parto mostram que tudo em torno do nascimento Pode afetar a capacidade subsequente de amar. Algo que até agora foi totalmente descartado.

O especialista enfatizou que o "mulher foi programada para lançar um coquetel de hormônio do amor", ocitocina, mas lamentou que isso esteja sendo perdido porque a ocitocina é um hormônio "tímido" Precisa de um ambiente favorável para segregar e, com os métodos atuais de parto, é difícil aparecer.