O aborto em si é um perigo, mas quando é realizado ilegalmente, o perigo aumenta de forma alarmante. Um relatório da Médicos Sem Fronteiras alerta para os riscos envolvidos na prática de um aborto ilegal e a insegurança da saúde que ele oferece, a tal ponto que uma morte ocorre a cada seis minutos devido a um aborto ilegal.
Os números podem ser descritos como escandalosos: nada menos que 46 milhões de abortos são realizados todos os anos no mundo e, deles, quase a metade é realizada em condições perigosas que podem acabar com a vida das mulheres. Até 13% das mortes maternas anuais em todo o mundo são resultado de complicações resultantes de um aborto ilegal. Quem pratica esse tipo de interrupção da gravidez não conhece ou não pode resolver as conseqüências fatais, seja por ignorância, falta de meios, medidas higiênicas e um longo etcetera que nada mais faz do que condenar veementemente essa prática. Os dados mostram muitas complicações, lesões, infecções, hemorragias, etc. Além disso, deve-se acrescentar que, para as mulheres que conseguem sobreviver a essa intervenção, em muitos casos elas perdem a capacidade de conceber ou terão sérios problemas no futuro para engravidar novamente. No continente africano, um aborto tem 700 vezes mais chances de terminar tragicamente, o risco não compensa.
A maioria das mortes ocorre em países subdesenvolvidos, a falta de meios e a falta de informações fazem com que muitas mulheres se ponham nas mãos de verdadeiros açougueiros. Existem muitas mortes no mundo para serem notadas, seria interessante realizar campanhas informativas que expliquem a todas as mulheres os riscos de abortos ilegais, mas também mostrem a importância da vida que elas têm em seus ventres.
É necessário perseguir quem realiza um aborto ilegalmente, assim como a educação, o conhecimento é uma arma poderosa para combater essa prática.
