Parece cada vez mais claro que as experiências da mulher grávida afetarão o futuro bebê. Se a mãe sofre de ansiedade ou depressão durante a gravidez, ela corre um risco maior de seus filhos nascerem abaixo do peso, fator que predispõe a maior mortalidade.
Mesmo segundo um estudo recente, a saúde mental da mãe influencia mais do que seu estado nutricional ou socioeconômico. O trabalho foi publicado na revista "BCM Public Health" e concentra-se nos dados obtidos em Bangladesh, onde o baixo peso ao nascer é um problema de saúde real devido à sua alta incidência.
A pesquisa é o resultado da colaboração entre o Instituto Karolinska, na Suécia, e o Comitê para o Progresso Rural de Bangladesh. Ele analisou a saúde mental de 720 mulheres no terceiro trimestre de gravidez e o peso de seus filhos ao nascer. Destes, 18% apresentaram sintomas depressivos e 26% ansiedade.
O estudo revela que essas mulheres eram mais propensas a dar à luz bebês com baixo peso e, segundo os autores, essa associação é independente dos efeitos da pobreza, do estado nutricional da mãe e da assistência recebida durante a gravidez.
Mas os autores vão mais longe afirmando que
O mau estado nutricional das mães, a principal causa do baixo peso ao nascer nos países pobres, não é necessariamente um produto da pobreza, mas de problemas mentais em mulheres como depressão ou ansiedade.
Deste modo é dada atenção à saúde mental das gestantes, que deveria ser tão importante quanto a física em seus cuidados e reduziria a mortalidade neonatal.
Já havíamos comentado que o estresse está relacionado ao baixo peso ao nascer e à asma infantil e, como vemos, o fator psicológico é essencial para a saúde da mãe e do filho.
Devemos não apenas cuidar do nosso corpo, mas também da nossa mente durante a gravidez. Porque também a ansiedade e a tristeza da futura mãe influenciam negativamente o bebê.
