Hoje eu tive que passar pelo transe difícil que um dia os tocou ou eles terão que ir a todos aqueles que são pais: deixe seu filho no primeiro dia de aula.
Embora ela e eu estivéssemos nos acostumando com a ideia, o primeiro dia é sempre traumático. É lei. Caso contrário, levante a mão da mãe cujo filho não chorou no primeiro dia de aula da sua vida.
Ou melhor, deixe o pai ou a mãe que não apertou o coração levantar a mão e até derramou uma lágrima, deixando o menino pela primeira vez no berçário em lágrimas.
Bem, eu não sou a exceção, nem minha filha. Ali deixei sua "traição" em um momento de descuido no qual ela não percebeu que eu estava saindo. Com suas duas tranças e com seu novo uniforme.
Já tínhamos feito um ensaio alguns dias atrás. Fomos ao berçário, entramos no que seria a turma dele, conhecemos o professor e brincamos com os brinquedos por um tempo. Mas é claro, tudo com a mãe.
Hoje a função começou com o resto dos colegas, o professor e, o mais importante: ela sozinha.
Agora eles jogam alguns dias de adaptação. Primeiro, algumas horas, depois comer e depois comer e dormir.
Claro (espero que sim) que em poucos dias ela ficará feliz e, quando for buscá-la, partirá com um sorriso. Mas hoje tem sido difícil, não posso negar.
Em fim. Eu precisava contar para alguém. Porque esses são os momentos em que se sente a única mãe no mundo que sofre e sei que muitos de vocês também passaram por esse dia.
Eu tenho que ir encontrá-la. Então eu te digo.