OMS declara emergência mundial de saúde devido a microcefalia em recém-nascidos ligados ao vírus Zika

Dra. Margaret Chan, Diretora Geral da OMS, declarou ontem a situação de emergência de saúde global devido à explosão alarmante do vírus Zika que está sendo registrada em mais de vinte países da América Latina.

Chan esclareceu que o zika não era uma emergência internacional de saúde pública, mas é microcefalia em recém-nascidos ligados ao vírus Zika e outros efeitos desse vírus transmitidos por mosquitos.

A doença é transmitida por picadas de mosquito Aedes aegypti, também portador de dengue e Chikungunya, e, embora esteja presente há algumas décadas, todos os alarmes foram descobertos Conexão do zika com malformações congênitas e sintomas neurológicos em recém-nascidos.

"A chegada do vírus em alguns lugares tem sido associada a um aumento pronunciado no nascimento de bebês com cabeças anormalmente pequenas e casos de síndrome de Guillain-Barre", explicou Chan.

No Brasil, o país mais afetado pelo vírus, existem mais de quatro mil casos de microcefalia. E, de acordo com a OMS, é razoável estimar que possa haver de 3 a 4 milhões de casos de zika nas Américas em um período de 12 meses.

"Não conseguimos estabelecer a relação direta entre o vírus Zika e os casos de microcefalia e distúrbios neurológicos no Brasil ou na Polinésia. É isso que devemos investigar. Mas os casos de malformações são tão graves que decidimos declará-los uma emergência "disse o presidente do comitê de emergência, David Heymann.

O que é uma emergência de saúde global?

Países com casos confirmados de zika (Fonte: OMS)

O fim Emergência Internacional em Saúde Pública (PHEIC) é "um evento extraordinário que constitui um risco para a saúde do público em outros estados através da propagação de doenças e pode precisar de uma resposta internacional coordenada".

Isso acontece quando uma situação pode ser descrita como:

  • grave, repentino, incomum ou inesperado.
  • Isso tem implicações para a saúde pública além da fronteira nacional do Estado afetado.
  • pode exigir ação internacional imediata

O que as mulheres grávidas devem fazer?

A OMS recomenda que as mulheres grávidas não viajem para os países mais afetados se não for necessário. E, se o fizerem, cubra o corpo o máximo possível, use repelentes e barreiras físicas para evitar picadas, como redes mosquiteiras ou fechar portas e janelas.

Via CNN
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