Diferentes tipos de epilepsia infantil

Já vimos o que é epilepsia infantil, bem como as principais síndromes epilépticas infantis. Agora é hora de conhecer o diferentes tipos de epilepsia infantil.

Estes podem ser divididos de acordo com a origem da crise em uma determinada área do cérebro ou se essas descargas afetam várias partes do cérebro ao mesmo tempo. Também podemos diferenciar entre as crises que se originam sem evidência de alteração no sistema nervoso ou naquelas que existem.

De acordo com o que vimos, podemos falar sobre convulsões parciais ou focais quando a crise epiléptica começa em uma área limitada do cérebro e pode ser acompanhada de sintomas motores, sensoriais ou psíquicos. Esses tipos de crise são os mais frequentes, e podemos dividi-los, por sua vez, em:

  • Simples: são aquelas que ocorrem sem perda de consciência, mas que, com alterações motoras ou sensoriais, podem ser acompanhadas por sensações fóricas (relacionadas à luz), gosto, calor ou formigamento ou dormência.
  • Complex: diferentemente das anteriores, e como consequência de uma afetação de estruturas cerebrais mais complexas, nesse tipo de crise ocorre perda de consciência, acompanhada ou não de sentimentos de medo, memória ou problemas cognitivos, alucinações ou movimentos involuntários de diferentes partes do corpo.

Por outro lado, encontramos o crises generalizadas, que constituem descarga que afeta mais de uma área específica do cérebro ao mesmo tempo, causando perda de consciência que geralmente ocorre junto com reações motoras anormais.

Pode ser primário, quando as crises epilépticas ocorrem simultaneamente em todo o cérebro, ou secundário pelo contrário, é quando a descarga se origina de uma determinada parte do cérebro e subsequentemente se espalha para o resto do cérebro.

Da mesma forma, eles podem ou não apresentar distúrbios motores enquanto durarem as crises. Caso essas descargas motoras se manifestem, podemos encontrar diferentes tipos de alterações motoras, como a mioclonia maciça bilateral, que consistem em movimentos involuntários dos membros de curta duração e que causam movimentos violentos na criança.

Também pode ocorrer convulsões clônicas, em que a criança perde a consciência e ocorrem contrações musculares repetidas ritmicamente, ou crise tônica, onde há contrações sustentadas nos músculos sem que eles se movam.

Finalmente, nas convulsões, chamadas também podem ocorrer. convulsões tônico-clônicas, que também são conhecidas como "crise do grande mal". A duração dessas crises varia entre 5 e 10 minutos, com uma perda total de consciência.

É dividido em duas fases, a primeira sendo a fase tônica, que às vezes ocorre após intensa dor nas sensações de abdômen e tontura. Há uma intensa contração de todos os músculos do corpo, acompanhada de um desvio do olhar (quando a crise ocorre, os pequenos tendem a olhar para cima), elevação dos braços e espasmos na laringe, o que os leva a emitir diferentes gritos agudos e intensos (chamados de "grito epilético").

Depois disso vem a chamada fase clônica, durante o qual existem vários movimentos convulsivos repetidos nos braços e pernas, além de incapacidade de controlar o xixi. Após essa fase, chega um breve período de coma, seguido de uma fase do sono, após a qual a criança fica desorientada e confusa, com dor de cabeça, músculo e dificuldade em lembrar o que aconteceu.

No caso de a crise não ocorrer com qualquer tipo de descarga motora, poderíamos encontrar crises atônicas em que haveria perda de consciência e diminuição do tônus ​​muscular, o que causa o colapso da criança e pode causar danos significativos devido ao impacto. Por outro lado, o crises acinéticas Eles também têm perda de movimento e fazem com que a criança caia no chão, embora não haja envolvimento do tônus ​​muscular.

As ausências, chamada até recentemente de "crise do pequeno mal", são muito características da infância e geralmente desaparecem antes de aproximadamente 15 anos. Durante as ausências, a consciência diminui (e pode até ser suspensa) por cerca de 2-15 segundos.

Percebemos que a criança está ausente porque deixa de fazer o que estava fazendo, permanece quieta durante esse período e, ao final da crise, fica desorientada. Alterações como pele pálida, incapacidade de controlar o xixi ou a saliva podem ocorrer.

Como você pode ver, quando se fala em epilepsia, nem sempre falamos sobre a mesma coisa, mas há diferentes tipos de epilepsia infantil isso nos leva a levar em consideração ao realizar o tratamento mais adequado para cada caso.

Vídeo: EPILEPSIA INFANTIL - Mãe de Primeira Viagem #189 (Abril 2024).