Sucesso de uma técnica pioneira em cirurgia da espinha bífida fetal

Isso tem sido notícia caso de sucesso de uma técnica pioneira em cirurgia da espinha bífida fetal, uma malformação congênita do tubo neural que se caracteriza por um ou vários arcos vertebrais posteriores não se fundiram corretamente durante a gravidez e a medula espinhal é deixada sem proteção óssea.

É uma malformação que pode ter sérias conseqüências para a saúde da criança, quanto maior a vértebra ou vértebras afetadas, mais sérias elas serão. Distúrbios neurológicos, dificuldades de visualização, memória, concentração, alterações do sistema músculo-esquelético e controle urinário e intestinal ...

Portanto, é importante prevenir a espinha bífida e, nesse sentido, o ácido fólico durante a gravidez é uma ajuda indispensável. Quando a malformação é detectada antes do nascimento do bebê, a cirurgia fetal reduz as complicações da espinha bífida.

A boa notícia é que foi realizada com sucesso uma técnica pioneira que reduz o tempo de operação e os riscos para o feto O tratamento clássico consistiu no fechamento pós-natal do problema. Mas existe o risco de que os nervos (em contato com o líquido amniótico) se deteriorem e parem de funcionar.

A equipe médica e de pesquisa do Hospital Universitário Vall d'Hebron, em Barcelona, ​​decidiu realizar um tratamento pré-natal. Quando o feto estava dentro do útero da mãe, o defeito era fechado cobrindo a medula para que não ficasse em contato com o líquido amniótico.

A intervenção consistiu em abrir o útero como se fosse uma cesariana para que a parte traseira do feto fosse exposta, corrigindo o problema e depois fechando o útero novamente. Os especialistas também empregaram uma técnica pioneira no mundo que reduz o tempo de manuseio no feto (45 minutos) e é menos agressivo.

A nova técnica é cobrir a medula com um adesivo especial composto de colágeno e elastina (e não com a própria pele do feto). À medida que o feto cresce, a pele acaba substituindo o adesivo. Quando o bebê nasce, o problema já está fechado e coberto pela pele.

Além disso, a equipe de Vall d'Hebron trabalha para tornar a intervenção menos invasiva, por fetoscopia, evitando abrir o útero da mãe e entrar por um único ponto, além de aplicar células-tronco para obter uma regeneração dos tecidos, o que já está sendo alcançado em animais experimentais.

Ontem, vimos o bebê, que já tem cinco meses e se chama Esther, que, apesar de precisar fazer um exame médico por toda a vida, poderá andar no futuro e aumentará sua capacidade de controlar os esfíncteres graças ao sucesso desta nova técnica de cirurgia fetal para espinha bífida.